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13 de setembro de 2011

“Vai de um arranhão psíquico até um grande tiro”, diz psicólogo sobre o bullying #fato



Na novela Rebelde, a adolescente Beatriz sofre há algum tempo com a perseguição de algumas colegas de escola. Depois que assumiu o namoro com Raul, Bia começou a ser alvo de diversas agressões verbais e físicas. Em uma delas, ficou bastante machucada ao apanhar das meninas do colégio. Situações como essa, que se caracteriza por agressões intencionais – sejam elas verbais ou físicas – ocorridas de maneira repetitiva por uma ou mais pessoas contra outra ou um grupo de pessoas, é o que chamamos de bullying. O termo é originado da palavra bully, que na tradução do inglês para o português significa “valentão, briguento”.

O psicólogo e sexólogo Claudio Picazio explica o bullying como uma perseguição:

- Ela é constante e sempre com o objetivo de denegrir a imagem do outro.

O especialista diz que as consequências para quem sofre o bullying podem ser muito graves.

- A pessoa fica com a autoestima abalada, os sentimentos de rejeição e exclusão afloram. Você insere uma dor psíquica muito forte na vítima, que pode desenvolver anorexia, bulimia e chegar inclusive ao suicídio.


Usando uma metáfora, Picazio define a variação do que pode acontecer com a vítima de bullying.

- Vai de um arranhão psíquico até um grande tiro. Depende da fragilidade da pessoa, se ela tem outros amigos que a apoiam, se tem uma família que a entende. Isso tudo pode ajudar muito.

E vale lembrar que o bullying não acontece apenas no ambiente escolar. O trauma pode ocorrer também dentro de casa, mesmo entre familiares.

- Tem pai que diz para o filho: “Ah, você é um burro, não presta para nada”. Isso é bullying.

E o que passa pela cabeça de quem o pratica? O psicólogo é taxativo em relação a isso.

- Pode ser por afirmação pessoal, a questão do poder, um desejo de dominar o outro. E quem possui esse desejo é porque, lá no fundo, sente-se menor. Quem exerce o bullying é um fraco que tenta de uma forma cruel estabelecer essa relação de poder com o outro.

Infelizmente, a prática acontece mais do que podemos imaginar.
Fonte: Portal Rebeldes

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